O Ministério da Educação e Cultura (MEC) anunciou a prisão dos responsáveis por fraudes nas provas do 9º ano. A revelação foi feita na capital moçambicana, onde o porta-voz da instituição, Silvestre Dava, deu detalhes sobre o caso.
As irregularidades foram inicialmente detectadas no distrito de Milange, província central da Zambézia, com a circulação antecipada de provas, levando à abertura de processos disciplinares e à detenção de vários agentes do sector.
Dava disse que as provas das disciplinas de Inglês, Química, História e Física foram publicadas antes da data marcada para a realização dos exames, através das redes sociais e contactos internos.
Doze pessoas estão formalmente implicadas, entre as quais o diretor do Serviço Distrital de Educação de Milange, o diretor da Escola Básica de Nagor, o vice-diretor pedagógico, técnicos do setor e dois professores destacados como vigilantes. Além disso, diversas pessoas envolvidas confessaram ter participado diretamente na abertura antecipada dos envelopes e na divulgação das provas.
O porta-voz confirmou a detenção de dois dos envolvidos, entre os quais o diretor da escola e o seu assistente pedagógico, que aguardam os procedimentos subsequentes no Comando Distrital de Milange. A investigação é feita em conjunto com a direcção provincial da Zambézia e o comando distrital.
Em consequência das irregularidades, quatro exames foram cancelados e substituídos por versões seguras, garantindo que os alunos não serão prejudicados, uma vez que novas datas para a realização dos testes serão definidas pelas direcções provinciais de educação.
Estão a decorrer auditorias internas nos centros gráficos e escolas envolvidas, com o objectivo de reforçar o controlo do processo. Dava destacou que o MEC tem investido em medidas de prevenção à fraude, incluindo codificação de evidências e melhorias na rastreabilidade. Contudo, a integridade dos exames também depende da responsabilidade individual dos gestores escolares.
O porta-voz apelou aos professores e encarregados de educação para que colaborem na defesa da integridade dos exames, destacando que a sabotagem escolar pode ter consequências graves para os alunos. “O Ministério responsabilizará todos os autores de fraude, sem exceção”, concluiu.
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