MEC desmantela esquema de divulgação antecipada de provas na Zambézia

Redação
0

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) anunciou a prisão dos responsáveis ​​por fraudes nas provas do 9º ano. A revelação foi feita na capital moçambicana, onde o porta-voz da instituição, Silvestre Dava, deu detalhes sobre o caso.

As irregularidades foram inicialmente detectadas no distrito de Milange, província central da Zambézia, com a circulação antecipada de provas, levando à abertura de processos disciplinares e à detenção de vários agentes do sector.

Dava disse que as provas das disciplinas de Inglês, Química, História e Física foram publicadas antes da data marcada para a realização dos exames, através das redes sociais e contactos internos.

Doze pessoas estão formalmente implicadas, entre as quais o diretor do Serviço Distrital de Educação de Milange, o diretor da Escola Básica de Nagor, o vice-diretor pedagógico, técnicos do setor e dois professores destacados como vigilantes. Além disso, diversas pessoas envolvidas confessaram ter participado diretamente na abertura antecipada dos envelopes e na divulgação das provas.

O porta-voz confirmou a detenção de dois dos envolvidos, entre os quais o diretor da escola e o seu assistente pedagógico, que aguardam os procedimentos subsequentes no Comando Distrital de Milange. A investigação é feita em conjunto com a direcção provincial da Zambézia e o comando distrital.

Em consequência das irregularidades, quatro exames foram cancelados e substituídos por versões seguras, garantindo que os alunos não serão prejudicados, uma vez que novas datas para a realização dos testes serão definidas pelas direcções provinciais de educação.

Estão a decorrer auditorias internas nos centros gráficos e escolas envolvidas, com o objectivo de reforçar o controlo do processo. Dava destacou que o MEC tem investido em medidas de prevenção à fraude, incluindo codificação de evidências e melhorias na rastreabilidade. Contudo, a integridade dos exames também depende da responsabilidade individual dos gestores escolares.

O porta-voz apelou aos professores e encarregados de educação para que colaborem na defesa da integridade dos exames, destacando que a sabotagem escolar pode ter consequências graves para os alunos. “O Ministério responsabilizará todos os autores de fraude, sem exceção”, concluiu.

Tags

Enviar um comentário

0Comentários

Enviar um comentário (0)
Update cookies preferences